quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Apenas um poema


Apenas um poema...

Outrora vivia correndo

Perdido em  devaneios
Vendo até onde caberias
Todo meu zilhão de sonhos
Meus pensamentos a cerca da existência
E da vida.
Via um mundo conturbado
Cercado de esperanças
E desesperanças que não chegavam
A lugar algum
Tomava café com Leminsk
Almoçava com Kant
Jantava com Mayakosvisk
Sorvia Pessoa na palavra escrita
De Fernando,
Dormia embalado pelos poemas de Baudelaire
E todo seu opiario
Um mundo de dialéticas
E extravagâncias até o infinito das constelações.

Queria enxergar além do que eu podia
Ter o tanto e o quanto
Pudesse de todo o meu ser
Mas a total falta de expurgo
Com minha pessoa tornou-me insólito
E do avesso levei tudo aos extremos.
Sorria daquilo que não achava graça
Sentia bem pouco e corria mais do que
Minhas pernas podiam suportar
Eu simplesmente desatinava por todos os lados.

Mas hoje tudo parece que mudou
Não sei bem quando aconteceu
Vejo algo que não via antes nas entrelinhas que escrevo
Estou até conhecendo alguém que não via
Mas agora começo a ver
E através deste exercício diário
Posso também enxergar você
E através do dia a dia me alegrar ao te ver chegar
Aprender a viver a cada momento
Sinto no profundo do meu eu

Que realmente fostes uma dádiva bendita

Que apareceu deste lado de ka do meu mundo
Vejo uma alegria que nos faz bem
Eu posso então sentir e dizer-te
Amo você.                                                                                      Dé 06-08-2010